quarta-feira, 1 de julho de 2015

Projeto Páscoa- 2015

ESCOLA MUNICIPAL JOÃO MARQUES DE ARAÚJO
Projeto Semana da Páscoa
 1. Alunos atendidos: Ensino Fundamental
2. Responsáveis: Professores e Equipe Gestora
3. Período: de 23 a 31-03-2015
4. Justificativa:
A páscoa é uma das datas mais comemoradas em todo o mundo por esse motivo o tema é um grande motivador para atividades em sala de aula, bem como trabalhar a solidariedade.
5. Objetivo Geral:
 Buscar novas abordagens e metodologias visando o aperfeiçoamento da prática educativa, para possibilitar aos alunos integrarem-se ao mundo nas dimensões fundamentais da cidadania, do estudo e do trabalho.
6. Objetivos Específicos:
• Conhecer o significado da Páscoa e seus símbolos;
• Vivenciar o sentido da Páscoa;
• Desenvolver o raciocínio, a atenção e a percepção;
• Desenvolver a imaginação e a criatividade;
• Ampliar o vocabulário;
• Socializar-se com o grupo participando das propostas apresentadas na sala de aula e fora deste espaço.
• Participar com cooperação e interesse das atividades proporcionadas pela escola.
7. Estratégias: Realização de atividades que envolvam:
• músicas;
• poemas;
• artes;
• hora - do - conto;
• teatro
• quebra-cabeça;
• desafios;
• confecção de máscaras e pinturas;
• produção de texto coletivo;
• jogos;
• confecção de dobradura;
• participação dos grupos nas atividades proposta pela escola.

8. Avaliação
O desenvolvimento deste projeto será considerado satisfatório se o grupo apresentar interesse durante a apresentação das atividades, e que essas sejam gostosas e contribuam para a mudança de comportamento através de um aprendizado significativo. Como também, pela percepção observar-se  mudanças comportamentais e atitudinais em relação a Páscoa e em consequência dela. Portanto, será satisfatória a aprendizagem. E para isso, devemos ter um olhar para o progresso da continuidade alcançada em cada proposta de estratégia.






9. História da Páscoa
"Eu sou a luz, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai, senão por mim"
Jesus Cristo
O SIGNIFICADO DA PÁSCOA
A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados.
É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.
Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.
A festa tradicional é associada à imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes.
A origem do símbolo do coelho vem do fato de que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução. Como a Páscoa é ressurreição, é renascimento, nada melhor do que coelhos, para simbolizar a fertilidade!

A PÁSCOA NO MUNDO

Os festejos da Páscoa em todo o mundo possuem variações em suas origens e significados.

NA CHINA
O "Ching-Ming" é uma festividade que ocorre na mesma época da Páscoa, onde são visitados os túmulos dos ancestrais e feitas oferendas, em forma de refeições e doces, para deixá-los satisfeitos com os seus descendentes.
NA EUROPA
As origens da Páscoa remontam a bem longe, aos antigos rituais pagãos do início da primavera (que no Hemisfério Norte inicia - se em março). Nesses lugares, as tradições de Páscoa incluem a decoração de ovos cozidos e as brincadeiras com os ovos de Páscoa como, por exemplo, rolá-los ladeira abaixo, onde será vencedor aquele ovo que rolar mais longe sem quebrar.

NOS PAÍSES DA EUROPA ORIENTAL: UCRÂNIA, ESTÔNIA, LITUÂNIA E RÚSSIA.
A tradição mais forte é a decoração de ovos com os quais serão presenteados amigos e parentes. A tradição diz que, se as crianças forem bem comportadas na noite anterior ao domingo de Páscoa e deixarem um boné de tecido num lugar escondido, o coelho deixará doces e ovos coloridos nesses "ninhos".

NOS ESTADOS UNIDOS
A brincadeira mais tradicional ainda é a "caça ao ovo", onde ovos de chocolate são escondidos pelo quintal ou pela casa para serem descobertos pelas crianças na manhã de Páscoa. Em algumas cidades a "caça ao ovo" é um evento da comunidade e é usada uma praça pública para esconder os ovinhos.

NO BRASIL E AMÉRICA LATINA
O mais comum é as crianças montarem seus próprios ninhos de Páscoa, sejam de vime, madeira ou papelão, e enchê-los de palha ou papel picado. Os ninhos são deixados para o coelhinho colocar doces e ovinhos na madrugada de Páscoa. A "caça ao ovo" ou "caça ao cestinho" também é utilizada.

SÍMBOLOS DA PÁSCOA
Do hebreu Peseach, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. É a maior festa do cristianismo e, naturalmente, de todos os cristãos, pois nela se comemora a Passagem de Cristo - "deste mundo para o Pai", da "morte para a vida", das "trevas para a luz".
Considerada, essencialmente, a Festa da Libertação, a Páscoa é uma das festas móveis do nosso calendário, vinda logo após a Quaresma e culminando na Vigília Pascal.
Entre os seus símbolos encontram-se os Ovos de Páscoa, o Círio Pascal, o Cordeiro Pascal, a Coelhinha da Páscoa, o Pão e o Vinho e a Cruz da Ressurreição.
OS BENEFÍCIOS DO CHOCOLATE
Se delicie com os chocolates na Páscoa e usufrua dos benefícios à saúde!
O chocolate é um alimento popular com diversas formas de apresentação. Pode ser bebido (chocolate em pó) com leite, ou em tabletes. Neste caso é apresentado em muitas versões: ao leite, branco, meio amargo, com amêndoas ou avelãs, com ou sem recheio, etc., variando em função do acréscimo em partes diferentes de seus componentes individuais e assim, varia também seu valor calórico, que em qualquer dos casos é elevado.
O chocolate amargo é feito com os grãos de cacau torrados sem adição de leite, e algumas versões permitem a sua utilização como base para sobremesas, bolos e bolachas.
O chocolate preto deve usar um mínimo de 35% de cacau, segundo as normas europeias.
O chocolate ao leite ou chocolate de leite leva na sua confecção leite ou leite em pó. As normas europeias estabelecem um mínimo de 25% de cacau.
O chocolate branco é feito com manteiga de cacau, leite, açúcar e lecitina, podendo ser acrescentados aromas de baunilha.
Inventado na Suíça após a I Guerra Mundial. Amado por uns e evitado por outros, o chocolate é alvo de diversos mitos. Dá espinhas, provoca alergias, diminui a Tensão Pré-Menstrual (TPM) e o mais temido por todos, engorda. Mas, o que pouca gente sabe é que ele é um alimento, sim, equilibrado do ponto e vista nutricional. Ele contém carboidratos (50%), gorduras (35%) e proteínas (15%). Quem despreza o alimento está enganado. Ele é rico em cálcio e ferro. Para se ter uma ideia, a quantidade de cálcio corresponde a 25% das necessidades diárias de uma mulher adulta e cerca de 40% de ferro. Os benefícios, entretanto, não isentam os consumidores do risco de engordar, portanto, é melhor comer com moderação e sempre acompanhado de outros alimentos na refeição. Explica a Dra. Nara Mattia, ginecologista e mastologista.

Boa notícia para os chocólatras
Estudo apresentado em reunião da Sociedade Britânica de Ciência, aponta o chocolate como fonte de flavonóides, compostos químicos que diminuem as chances de coagulação do sangue, principal causa de derrames e ataques cardíacos. A pesquisa mostrou que a quantidade dessas substâncias contida em uma pequena barra de chocolate preto equivale à concentração de flavonóides de seis maçãs, quatro xícaras e meia de chá, 22 copos de vinho branco ou dois copos de vinho tinto, tradicionalmente conhecido como protetor do coração.
O estudo reforça a teoria de que o cacau age da mesma forma que a aspirina, tornando o sangue mais fino e, portanto, dificultado a formação de trombos. 'Os resultados da pesquisa nos levam a crer que o chocolate contribui para a saúde, porém, dentro de uma dieta balanceada'.

Chocolate amargo faz bem à pressão arterial e ao coração
Um dos mais novos trabalhos sobre o assunto foi publicado no Journal of the American Medical Association, a revista da Associação Médica Americana. Segundo pesquisadores da Universidade de Colônia, na Alemanha, duas barras pequenas de chocolate amargo por dia podem baixar a pressão arterial de pessoas vítimas de hipertensão e diminuir, assim, riscos de infartos e derrames.
Os participantes do estudo tinham entre 55 e 64 anos, não recebiam tratamento medicamentoso para a pressão alta e foram acompanhados ao longo de duas semanas pelos médicos alemães. Ao término desse período, registrou-se uma queda de 5 pontos na pressão máxima, a sistólica, e de quase 2 pontos na mínima, a diastólica. O chocolate amargo é rico em flavonóides, a Dra Nara Mattia, explica que essa substância também é encontrada na casca da uva vermelha, e têm poderes antioxidantes, ou seja, combatem os radicais livres, as moléculas tóxicas que comprometem o bom funcionamento do organismo. Os flavonóides impedem o depósito de placas gordurosas nas artérias, causadoras de infarto e derrame. Outro poderoso antioxidante é o polifenol, encontrado em abundância no chocolate amargo. Esse composto mostrou-se eficaz no combate à hipertensão, um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares.

Chocolate amargo também ajuda a combater fadiga crônica
Uma dose diária de chocolate amargo pode ajudar a reduzir os sintomas da Síndrome da Fadiga Crônica, apontaram cientistas britânicos. Pacientes que participaram de um estudo piloto realizado pela Hull York Medical School revelaram que ficaram menos cansados depois de comerem chocolate com alta concentração de cacau. A Síndrome da Fadiga Crônica é uma condição caracterizada por uma profunda fadiga muscular após esforços físicos. Os sintomas ainda incluem dor de cabeça, memória fraca, dificuldade de concentração, perturbação do sono e irritação. O chocolate amargo é rico em polifenol, que aumenta os níveis de serotonina no cérebro, que está associada ao combate da fadiga crônica.

Chocolate x Comportamento
Algumas pessoas usam chocolate como forma de automedicação para compensar a deficiência de alguns nutrientes, provavelmente o magnésio. Chocolate e cacau possuem uma excepcional concentração desse mineral (100mg/ 100g e 520mg/100g, respectivamente) e em alguns casos a suplementação do mesmo diminui as compulsões por chocolate, além de diminuir os sintomas da tensão pré-menstrual (TPM). Estresse estimula a secreção de mineralocorticóides e glicocorticóides, que juntos aumentam a excreção renal de magnésio. O resultado é a diminuição dos níveis de dopamina no SNC, um neurotransmissor que causa euforia e satisfação, então nesta situação aumenta a busca por chocolate.
O consumo de chocolate pode ser um mecanismo biológico para controlar a homeostasia de certos neurotransmissores envolvidos no apetite, fome, humor e vícios. Vários estudos concluíram que o mau–humor é comum em viciados, que por sua vez têm uma tendência em alimentar-se emocionalmente. Baixos níveis de serotonina têm sido associados à depressão, vícios, transtornos maníaco-obsessivos e compulsivos, ingestão de carboidratos, especialmente chocolate, para o aumento da ingesta de triptofano e produção de serotonina pelo cérebro. Noradrenalina induz à alimentação, serotonina estimula a saciedade e a dopamina modula as respostas alimentares.

Enviado por: Facto Jornalismo








Projeto: Semana da Páscoa: Verdadeiro Significado
 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Denominação do Projeto:
 Semana da Páscoa: O verdadeiro significado
Órgão Coordenador e Órgão executor:  Escola Municipal João Marques de Araújo-Santa Maria-RN.
Idealização e Elaboração: Direção e Equipe Pedagógica
Período de realização do Projeto: Semana da Páscoa
Responsáveis pela execução: Coordenação e professores
Público Alvo: Alunos de 1º ao 5º e 6º ao 9º ano
Duração: Uma semana

JUSTIFICATIVA
O Referente Projeto tem como principal tema “Páscoa e seu significado”. Por se tratar de uma data religiosa muito importante para os cristãos, seus símbolos vêm carregados de significados e merecem um destaque especial no calendário escolar. E ainda por se tratar de uma data muito especial para a criança, pois eles esperam ansiosos pelo coelho e os ovos de chocolate.
. Este Projeto tem como finalidade, resgatar os valores cristãos representando a ressurreição de cristo, mostrando ao educando que, páscoa vai além de trocas de chocolate. É necessário que a criança compreenda o sentido religioso da data comemorativa que é a solidariedade ao próximo, fraternidade e carinho que é o que vale mais. Neste contexto é fundamental o conhecimento do aluno a respeito do assunto. Por esta razão, este projeto tem como despertar o educando para o verdadeiro sentindo da Páscoa, que é de amor, de passagem, de descoberta e renúncia.
Assim a escola não pode ficar fora e tem que oferecer aos seus educandos vivenciar a realidade nela existente.
Portanto, para atingir estas finalidades, serão usados recursos tecnológicos para trabalhar de maneira diferente o tema Páscoa, mostrando o verdadeiro significado que é espiritual e não comercial. Pois os últimos anos vêm-se notado uma perda de valores humanos em detrimento do valor financeiro.
OBJETIVO GERAL
         Oferecer ao educando a oportunidade vivenciar o verdadeiro sentido da Páscoa, respeitando a crença de cada um.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Oportunizar aos educandos vivenciar o tema Páscoa na Escola;
Diferenciar o sentido espiritual do comercial;
Proporcionar meios para que o educando conheça o verdadeiro sentindo da páscoa e se divirta.
Oportunizar aos educandos momentos de reflexão sobre o tema páscoa.
Garantir a oportunidade de participação para todos
Expressar-se e comunicar-se com o seu corpo através de cantigas e brincadeiras relacionado ao tema: Páscoa.

METODOLOGIA

O projeto será desenvolvido por fases:
1ª Fase
Apresentação e divulgação do Projeto Semana da Páscoa: O verdadeiro significado aos professores regentes do 1° ao 5° ano e professores das disciplinas de Língua Portuguesa e artes do 6° ao 9° ano.
Montar um horário especial para que a atenda a todas as turmas.
2ª Fase
Cada turma irá assistir a um filme sobre a ressurreição de Jesus Cristo.
O filme A ressurreição de Jesus para os educandos do 6° ao 9° ano com duração de 27 minutos e o filme A ressurreição para educandos do 1° ao 5° ano com duração de 6 minutos.
 Será exibido na Sala de Tecnologia, após a exibição do mesmo a professor (a) proporcionará um momento para a discussão sobre o tema Páscoa ( o verdadeiro significado, o valor espiritual, a partilha, a questão do consumo e comércio, os símbolos da páscoa, o verdadeiro significado).
Contudo, após o momento de reflexão os educandos irão explorar as atividades interativas sugeridas por ano, valorizando o momento que estão vivendo.
Coletar os conhecimentos prévios dos alunos em relação ao tema em destaque;
 Dar oportunidade aos alunos de observar os diferentes símbolos da Páscoa através de fotos, músicas e vídeos;
 Realizar atividades em grupos e individuais através de recortes e colagem sobre o tema;
Análise de textos sobre o sentido comercial da Páscoa;
 Serão realizadas atividades envolvendo a confecção de cartazes com desenhos e mensagens, produção de textos e expressões artísticas sobre a “Páscoa”;
 Encenações de...







Atividades para 1°,2° e 3°ano
Filme sugerido: http://www.youtube.com/watch?v=OBjR6VMmxEk&feature=related
Vamos colorir: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=4632%20
A toca do Coelho: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=1693%20
A ressurreição de Jesus: http://www.colorirgratis.com/desenho-de-ressurrei%C3%A7%C3%A3o-domingo-jesus-cristo-ressuscitado-%C3%A9-a-par-do-santo-sepulcro-aberto_1007.html
Site o Coelho da Páscoa: http://www.ocoelhodapascoa.com.br/

 Atividades para 4°, 5° e 6° ano
Filme Sugerido: http://www.youtube.com/watch?v=OBjR6VMmxEk&feature=related
Livro animado sobre a Páscoa http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=1557%20
Curiosidade sobre a páscoa http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=1275%20
Trívia sobre a Páscoa http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=180%20
Jogo sobre a Páscoa http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=181%20
Site o Coelho da Páscoa http://www.ocoelhodapascoa.com.br/





Atividades para o 7°, 8° e 9° ano
Filme Sugerido http://www.youtube.com/watch?v=UKV7jW-v37s&feature=related
Teste seus conhecimentos sobre a Páscoa http://www.band.com.br/entretenimento/quiz/?ID=418%20
História da Páscoa http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diapascoa1.html

AVALIAÇÃO
Será observada a mudança de comportamento através da participação e interesse dos educando durante o desenvolvimento das atividades propostas.
 O interesse individual de cada criança e a capacidade de cooperação, aproveitamento de tempo.

Atividades Propostas
Roda da conversa;
Conversas e debates;
Histórias relacionadas ao tema.
Desenhos e pinturas;
Colagem usando cola colorida;
Oficina de culinária (bolo de cenoura) com a participação da Aux. de Cozinha Vera ;
Confecção de máscara do coelho;
Confecção de cenouras;
Confecção de ninho de páscoa de sucata (garrafa pet)
Dobraduras;
Músicas do coelhinho;
Brincadeira, coelhinho sai da toca.
Pintura do rosto imitando o coelho;
Painel artístico com pegadas do coelho usando os pés;

 Período:
  Duas semanas.





Semana Pedagógica 2015

Celina Amélia Câmara de Moura
 (prefeita)
Adanilson Wellington Dias de Moura
(Secretário Municipal de Educação)
Diretoras:
Josivania Medeiros Costa Fonseca
Josileide Bento
Adriana Xavier Bezerra
Coordenadores:
Francisca Fabiana Gomes de Oliveira
Maria Rosecleia de Melo Dias
Maria Elizabeth de Costa Medeiros


 A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. “A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe.”
(Jean Piaget)



                         SANTA MARIA/RN

                       MARÇO/2015

Jornada Pedagógica


Um guia sobre o uso de tecnologias em sala de aula

Um painel para todas as disciplinas mostra quando - e como - as novas ferramentas são imprescindíveis para a turma avançar
Recursos didáticos. Como usar a tecnologia na sala de aula.
TICs, tecnologias da informação e comunicação. Cada vez mais, parece impossível imaginar a vida sem essas letrinhas. Entre os professores, a disseminação de computadores, internet, celulares, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma infinidade de engenhocas da modernidade provoca reações variadas. Qual destes sentimentos mais combina com o seu: expectativa pela chegada de novos recursos? Empolgação com as possibilidades que se abrem? Temor de que eles tomem seu lugar? Desconfiança quanto ao potencial prometido? Ou, quem sabe, uma sensação de impotência por não saber utilizá-los ou por conhecê-los menos do que os próprios alunos?
Se você se identificou com mais de uma alternativa, não se preocupe. Por ser relativamente nova, a relação entre a tecnologia e a escola ainda é bastante confusa e conflituosa. NOVA ESCOLA quer ajudar a pôr ordem na bagunça buscando respostas a duas questões cruciais. A primeira delas: quando usar a tecnologia em sala de aula? A segunda: como utilizar esses novos recursos?
Dá para responder à pergunta inicial estabelecendo, de cara, um critério: só vale levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteúdos. Isso exclui, por exemplo, as apresentações em Power Point que apenas tornam as aulas mais divertidas (ou não!), os jogos de computador que só entretêm as crianças ou aqueles vídeos que simplesmente cobrem buracos de um planejamento malfeito. "Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem colaborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas", afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA.
Da soma entre tecnologia e conteúdos, nascem oportunidades de ensino - essa união caracteriza as ilustrações desta reportagem. Mas é preciso avaliar se as oportunidades são significativas. Isso acontece, por exemplo, quando as TICs cooperam para enfrentar desafios atuais, como encontrar informações na internet e se localizar em um mapa virtual. "A tecnologia tem um papel importante no desenvolvimento de habilidades para atuar no mundo de hoje", afirma Marcia Padilha Lotito, coordenadora da área de inovação educativa da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). Em outros casos, porém, ela é dispensável. Não faz sentido, por exemplo, ver o crescimento de uma semente numa animação se podemos ter experiência real.

Nove dicas para usar bem a tecnologia
O INÍCIO, Se você quer utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de colegas.
O CURRÍCULO, No planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas.
O FUNDAMENTAL,  Familiarize-se com o básico do computador e da internet. Conhecer processadores de texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo.
O ESPECÍFICO  Antes de iniciar a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula.
A AMPLIAÇÃO  Para avançar no uso pedagógico das TICs, cursos como os oferecidos pelo Proinfo (programa de inclusão digital do MEC) são boas opções.
O AUTODIDATISMO  A internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure os tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos.
A RESPONSABILIDADE  Ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que publica.
A SEGURANÇA  Discutir precauções no uso da internet é essencial, sobretudo na comunicação online. Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura.
A PARCERIA  Em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos. A parceria não é sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma.
Fontes: Adriano Canabarro Teixeira, especialista de Educação e tecnologia da UFRGS, Maria de Los Dolores Jimenez Peña, professora de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação Da Universidade Mackenzie, e Roberta Bento, diretora da Planeta Educação.

BIBLIOGRAFIA
Educação Hoje: "Novas" Tecnologias, Pressões e Oportunidades, Pedro Demo, 144 págs., Ed. Atlas, tel. 0800-171-944, 38 reais
Tecnologias para Transformar a Educação, Juana María Sancho e Fernando Hernández, 200 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444,


 1 – As Tecnologias e a Educação
O reconhecimento de uma sociedade cada vez mais tecnológica deve ser acompanhado da conscientização da necessidade de incluir nos currículos escolares as habilidades e competências para lidar com as novas tecnologias. No contexto de uma sociedade do conhecimento, a educação exige uma abordagem diferente em que o componente tecnológico não pode ser ignorado.
As novas tecnologias e o aumento exponencial da informação levam a uma nova organização de trabalho, em que se faz necessário: a imprescindível especialização dos saberes; a colaboração transdisciplinar e interdisciplinar; o fácil acesso à informação e a consideração do conhecimento como um valor precioso, de utilidade na vida econômica.
Diante disso, um novo paradigma está surgindo na educação e o papel do professor, frente às novas tecnologias, será diferente. Com as novas tecnologias pode-se desenvolver um conjunto de atividades com interesse didático-pedagógico, como: intercâmbios de dados científicos e culturais de diversas naturezas; produção de texto em língua estrangeira; elaboração de jornais inter-escolas, permitindo desenvolvimento de ambientes de aprendizagem centrados na atividade dos alunos, na importância da interação social e no desenvolvimento de um espírito de colaboração e de autonomia nos alunos.
O professor, neste contexto de mudança, precisa saber orientar os educandos sobre onde colher informação, como tratá-la e como utilizá-la. Esse educador será o encaminhador da autopromoção e o conselheiro da aprendizagem dos alunos, ora estimulando o trabalho individual, ora apoiando o trabalho de grupos reunidos por área de interesses.
A qualidade da educação, geralmente centradas nas inovações curriculares e didáticas, não pode se colocar à margem dos recursos disponíveis para levar adiante as reformas e inovações em matéria educativa, nem das formas de gestão que possibilitam sua implantação. A incorporação das novas tecnologias como conteúdos básicos comuns é um elemento que pode contribuir para uma maior vinculação entre os contextos de ensino e as culturas que se desenvolvem fora do âmbito escolar.
Frente a esta situação, as instituições educacionais enfrentam o desafio não apenas de incorporar as novas tecnologias como conteúdos do ensino, mas também reconhecer e partir das concepções que as crianças têm sobre estas tecnologias para elaborar, desenvolver e avaliar práticas pedagógicas que promovam o desenvolvimento de uma disposição reflexiva sobre os conhecimentos e os usos tecnológicos.
A sociedade atual passa por profundas mudanças caracterizadas por uma profunda valorização da informação. Na chamada Sociedade da Informação, processos de aquisição do conhecimento assumem um papel de destaque e passam a exigir um profissional crítico, criativo, com capacidade de pensar, de aprender a aprender, de trabalhar em grupo e de se conhecer como indivíduo. Cabe a educação formar esse profissional e para isso, esta não se sustenta apenas na instrução que o professor passa ao aluno, mas na construção do conhecimento pelo aluno e no desenvolvimento de novas competências, como: capacidade de inovar, criar o novo a partir do conhecido, adaptabilidade ao novo, criatividade, autonomia, comunicação. É função da escola, hoje, preparar os alunos para pensar, resolver problemas e responder rapidamente às mudanças contínuas.

2 - Novas Tecnologias e novas formas de aprender
Com as Novas Tecnologias da Informação abrem-se novas possibilidades à educação, exigindo uma nova postura do educador. Com a utilização de redes telemáticas na educação, pode-se obter informações nas fontes, como centros de pesquisa, Universidades, Bibliotecas, permitindo trabalhos em parceria com diferentes escolas; conexão com alunos e professores a qualquer hora e local, favorecendo o desenvolvimento de trabalhos com troca de informações entre escolas, estados e países, através de cartas, contos, permitindo que o professor trabalhe melhor o desenvolvimento do conhecimento.
O acesso às redes de computadores interconectadas à distância permitem que a aprendizagem ocorra frequentemente no espaço virtual, que precisa ser inserido às práticas pedagógicas. A escola é um espaço privilegiado de interação social, mas este deve interligar-se e integrar-se aos demais espaços de conhecimento hoje existentes e incorporar os recursos tecnológicos e a comunicação via redes, permitindo fazer as pontes entre conhecimentos se tornando um novo elemento de cooperação e transformação. A forma de produzir, armazenar e disseminar a informação está mudando; o enorme volume de fontes de pesquisas são abertos aos alunos pela Internet, bibliotecas digitais em substituição às publicações impressas e os cursos à distância, por videoconferências ou pela Internet.
A formação de professores para essa nova realidade tem sido crítica e não tem sido privilegiada de maneira efetiva pelas políticas públicas em educação nem pelas Universidades. As soluções propostas inserem-se, principalmente, em programas de formação de nível de pós-graduação ou, como programas de qualificação de recursos humanos. O perfil do profissional de ensino é orientado para uma determinada "especialização", mesmo por que, o tempo necessário para essa apropriação não o permite. Como resultado, evidencia-se a fragilidade das ações e da formação, refletidas também através dos interesses econômicos e políticos. (Costa e Xexéo,1997).
O objetivo de introduzir novas tecnologias na escola é para fazer coisas novas e pedagogicamente importantes que não se pode realizar de outras maneiras. O aprendiz, utilizando metodologias adequadas, poderá utilizar estas tecnologias na integração de matérias estanques. A escola passa a ser um lugar mais interessante que prepararia o aluno para o seu futuro. A aprendizagem centra-se nas diferenças individuais e na capacitação do aluno para torná-lo um usuário independente da informação, capaz de usar vários tipos de fontes de informação e meios de comunicação eletrônica.
Às escolas cabe a introdução das novas tecnologias de comunicação e conduzir o processo de mudança da atuação do professor, que é o principal ator destas mudanças, capacitar o aluno a buscar corretamente a informação em fontes de diversos tipos. É necessário também, conscientizar toda a sociedade escolar, especialmente os alunos, da importância da tecnologia para o desenvolvimento social e cultural.
O salto de qualidade utilizando novas tecnologias poderá se dar na forma de trabalhar o currículo e através da ação do professor, além de incentivar a utilização de novas tecnologias de ensino, estimulando pesquisas interdisciplinares adaptadas à realidade brasileira. As mais avançadas tecnologias poderão ser empregadas para criar, experimentar e avaliar produtos educacionais, cujo alvo é avançar um novo paradigma na Educação, adequado à sociedade de informação para redimensionar os valores humanos, aprofundar as habilidades de pensamento e tornar o trabalho entre mestre e alunos mais participativo e motivante.
A integração do trabalho com as novas tecnologias no currículo, como ferramentas, exige uma reflexão sistemática acerca de seus objetivos, de suas técnicas, dos conteúdos escolhidos, das grandes habilidades e seus pré-requisitos, enfim, ao próprio significado da Educação.
Com as novas tecnologias, novas formas de aprender, novas competências são exigidas, novas formas de se realizar o trabalho pedagógico são necessárias e fundamentalmente, é necessário formar continuamente o novo professor para atuar neste ambiente telemático, em que a tecnologia serve como mediador do processo ensino-aprendizagem.



3  Perfil do professor e exigências de formação
Existem dificuldades, através dos meios convencionais, para se preparar professores para usar adequadamente as novas tecnologias. É preciso formá-los do mesmo modo que se espera que eles atuem.
As tentativas para incluir o estudo das novas tecnologias nos currículos dos cursos de formação de professores esbarram nas dificuldades com o investimento exigido para a aquisição de equipamentos, e na falta de professores capazes de superar preconceitos e práticas que rejeitam a tecnologia mantendo uma formação em que predomina a reprodução de modelos substituíveis por outros mais adequados à problemática educacional.
Os professores são profissionais que tem uma função re(criadora) sistemática, sendo esta a única forma de proceder quando se tem alunos e contextos de ensino com características tão diversificadas, como sucede em todos os níveis de ensino. A função do professor é a criação e recriação sistemática, que tem em conta o contexto em que se desenvolve a sua atividade e a população-alvo desta atividade.
É preciso estimular a pesquisa e colocar-se a caminho com o aluno e estar aberto à riqueza da exploração, da descoberta de que o professor, também pode aprender com o aluno. na formação do professor, este, durante e ao final do processo, precisa incorporar na sua metodologia:]conhecimento das novas tecnologias e da maneira de aplicá-las; estímulo à pesquisa como base de construção do conteúdo a ser veiculado através do computador, saber pesquisar e transmitir o gosto pela investigação a alunos de todos os níveis; capacidade de provocar hipóteses e deduções que possam servir de base à construção e compreensão de conceitos; habilidade de permitir que o aluno justifique as hipóteses que construiu e as discuta; especialidade de conduzir a análise grupal a níveis satisfatórios de conclusão do grupo a partir de posições diferentes ou encaminhamentos diferentes do problema; a capacidade de divulgar os resultados da análise individual e grupal de tal forma que cada situação suscite novos problemas interessantes à pesquisa;
A sociedade do conhecimento exige um novo perfil de educador, ou seja, alguém: Comprometido - com as transformações sociais e políticas; com o projeto político-pedagógico assumido com e pela escola; Competente - evidenciando uma sólida cultura geral que lhe possibilite uma prática interdisciplinar e contextualizada, dominando novas tecnologias educacionais. Um profissional reflexivo, crítico, competente no âmbito da sua própria disciplina, capacitado para exercer a docência e realizar atividades de investigação; Crítico - que revele através da sua postura suas convicções, os seus valores, a sua epistemologia e a sua utopia, fruto de uma formação permanente; seja um intelectual que desenvolve uma atividade docente crítica, comprometida com a ideia do potencial do papel dos estudantes na transformação e melhoria da sociedade em que se encontram inserida; Aberto à mudanças - ao novo, ao diálogo, à ação cooperativa; que contribua para que o conhecimento das aulas seja relevante para à vida teórica e prática dos estudantes; Exigente - que promova um ensino exigente, realizando intervenções pertinentes, desestabilizando, e desafiando os alunos para que desencadeie a sua ação reequilibradora; que ajude os alunos a avançarem de forma autônoma em seus processos de estudos, e interpretarem criticamente o conhecimento e a sociedade de seu tempo; Interativo - que concorra para a autonomia intelectual e moral dos seus alunos trocando conhecimentos com profissionais da própria área e com os alunos, no ambiente escolar, construindo e produzindo conhecimento em equipe, promovendo a educação integral, de qualidade, possibilitando ao aluno desenvolver-se em todas as dimensões: cognitiva, afetiva, social, moral, física, estética.
A formação de professores sinaliza para uma organização curricular inovadora que, ao ultrapassar a forma tradicional de organização curricular, estabelece novas relações entre a teoria e a prática. Oferece condições para a emergência do trabalho coletivo e interdisciplinar e possibilite a aquisição de uma competência técnica e política que permita ao educador se situar criticamente no novo espaço tecnológico.
Ao professor cabe o papel de estar engajado no processo, consciente não só das reais capacidades da tecnologia, do seu potencial e de suas limitações para que possa selecionar qual é a melhor utilização a ser explorada num determinado conteúdo, contribuindo para a melhoria do processo ensino-aprendizagem, por meio de uma renovação da prática pedagógica do professor e da transformação do aluno em sujeito ativo na construção do seu conhecimento, levando-os, através da apropriação desta nova linguagem a inserirem-se na contemporaneidade.
O processo de preparação dos professores, atualmente, consiste em cursos ou treinamentos com pequena duração, para exploração de determinados programas, cabendo ao professor desenvolvimento de atividades com essa nova ferramenta junto aos alunos, sem que tenha oportunidade de analisar as dificuldades e potencialidades de seu uso na prática pedagógica.
Estas mudanças exigem uma profunda alteração curricular, em que os conteúdos acumulados pela humanidade serão os objetos do conhecimento, mas os novos problemas e os projetos para suas soluções comporão os procedimentos e atividades que serão avaliados pelas escolas para constatar sua eficácia. Para inovações novos instrumentos e utensílios serão necessários, entre eles as estradas da comunicação como a Internet e a capacitação docente para o domínio das novas tecnologias.
Formar professores, neste contexto, exige: mudanças na forma de conceber o trabalho docente, flexibilização dos currículos nas escolas e as responsabilidades da escola no processo de formação do cidadão; socialização do acesso à informação e produção de conhecimento para todos; mudança de concepção do ato de ensinar em relação com os novos modos de conceber o processo de aprender e de acessar e adquirir conhecimento; mudança nos modelos/marcos interpretativos de aprendizagem, passando do modelo educacional predominante instrucionista, isto é, que o ensino se constrói a partir da aplicação do conhecimento teórico formulado a partir das ciências humanas e sociais que dariam fundamentos para a educação; construção de uma nova configuração educacional que integre novos espaços de conhecimentos em uma proposta de inovação da escola, na qual o conhecimento não está centrado no professor e nem no espaço físico e no tempo escolar, mas visto como processo permanente de transição, progressivamente construído, conforme os novos paradigmas; desenvolvimento dos processos interativos que ocorrem no ambiente telemático, sob a perspectiva do trabalho cooperativo.
 Para Frigotto (1996), um desafio a enfrentar hoje na formação do educador é a questão da formação teórica e epistemológica. E esta tarefa não pode ser delegada à sociedade em geral. O locus adequado e específico de seu desenvolvimento é a escola (Schon, 1992; Nóvoa, 1991, 1992) e Universidade, onde se articulam as práticas de formação-ação na perspectiva de formação continuada e da formação inicial.
 O professor, na nova sociedade, revê de modo crítico seu papel de parceiro, interlocutor, orientador do educando na busca de suas aprendizagens. Ele e o aprendiz estudam, pesquisam, debatem, discutem, constroem e chegam a produzir conhecimento, desenvolve habilidades e atitudes. O espaço aula se torna um ambiente de aprendizagem, com trabalho coletivo a ser criado, trabalhando com os novos recursos que a tecnologia oferece, na organização, flexibilização dos conteúdos, na interação aluno-aluno e aluno-professor e na redefinição de seus objetivos.
 As informações que os jovens obtém através da Internet não são apenas recebidas e guardadas. Elas representam um ponto de partida e não um fim em si mesmas. Quando um estudante encontra uma informação na Internet, ele a coloca no seu contexto, da sua realidade, busca mais informações a respeito, torna-a um elemento da sua própria formação, sabendo qual a importância daquilo que aprendeu.
Quando estudantes podem trocar experiências e conhecimentos com colegas do mundo inteiro, assim como bibliotecas, centros de pesquisas, universidades, museus, todo um universo de percepção se abre para eles, a própria perspectiva de mundo e de realidade se modifica, dando lugar à formação de um conhecimento mais global, menos limitado às fronteiras nacionais e imediatas. Eles podem construir pontes de conhecimento e entender outras culturas, outros modos de compreender o significado das coisas, da realidade.
As mudanças que vem ocorrendo em todos os campos do saber desloca o modelo de educação escolarizada, que ocorre numa determinada faixa etária do aluno e num determinado espaço físico, apoiada na especialização do saber, para uma educação continuada que dá importância ao sujeito, à reflexão e a aprendizagem em sua aplicabilidade à vida social, fundamentada em princípios de cidadania e liberdade.
A reflexão, como princípio didático, é fundamental em qualquer metodologia, levando o sujeito a repensar o processo do qual participa dentro da escola como docente. A formação deve considerar a realidade em que o docente trabalha suas ansiedades, suas deficiências e dificuldades encontradas no trabalho, para que consiga visualizar a tecnologia como uma ajuda e vir, realmente, a utilizar-se dela de uma forma consistente.
O processo de formação continuada permite condições para o professor construir conhecimento sobre as novas tecnologias, entender por que e como integrar estas na sua prática pedagógica e ser capaz de superar entraves administrativos e pedagógicos, possibilitando a transição de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora voltada para a resolução de problemas específicos do interesse de cada aluno. Deve criar condições para que o professor saiba recontextualizar o aprendizado e as experiências vividas durante sua formação para a sua realidade de sala de aula compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetos pedagógicos que se dispõem a atingir.
Esta formação propicia condições necessárias para que o professor domine a tecnologia - um processo que exige profundas mudanças na maneira do adulto pensar. O objetivo da formação, além da aquisição de metodologias de ensino, conhecer profundamente o processo de aprendizagem, como ele acontece e como intervir de maneira efetiva na relação aluno-computador, propiciando ao aluno condições favoráveis para a construção do conhecimento. A ênfase do curso deve ser a criação de ambientes educacionais de aprendizagem, nos quais o aluno executa e vivencia uma determinada experiência, ao invés de receber do professor o assunto já pronto.
Um curso de formação em novas tecnologias prevê espaços para o desenvolvimento de atividades de integração de tecnologias em educação, como trabalhar em grupos que desenvolvem formas de utilizar as tecnologias com finalidade educacional. Para essa capacitação: professores se apropriam das novas tecnologias como um recurso próprio, como livros e lápis, e não como uma "caixa preta" imposta externamente; educação permanente é um componente essencial da formação de professores.
Seria útil que existissem centros de apoio em que os professores pudessem testar programas e receber orientações sobre o uso; há considerável necessidade para a cooperação local e inter-regional, estimulada através de encontros periódicos e jornais para a troca de experiências e de programas, estimulados pelo governo ou outras instituições; enfatizar atitudes pedagógicas de inovação e interação nas equipes interdisciplinares; uma visão integrada de ciência e tecnologia que busque entender os processos científicos e a mudança nos paradigmas científicos. Isso é recomendado de maneira a se colocar a tecnologia educacional na perspectiva de um esforço científico; Para esta inserção social, é fundamental o trabalho em equipe. Trabalhar em equipe e participar efetivamente de um processo contínuo que tem início na apropriação da intencionalidade de um projeto, mediante a tomada de consciência dos objetivos e do sentido da situação; planejamento das ações pelas quais se implementará o mesmo projeto; dos momentos de avaliação e de reorientações. Esta participação implica em compartilhar os esforços de descoberta dos caminhos, de elucidação dos obstáculos, visando-se sempre fazer com que a intencionalidade global do projeto se explicite claramente, se torne coletiva, enquanto visada de um grupo que, em volta dela, se constitui solidário.
O trabalho cooperativo como uma estratégia incentivadora nas relações de trabalho entre indivíduos é estimulante e através dele encontra-se um modelo em que a convivência social e a autoestima são incrementadas. As ferramentas de apoio ao trabalho cooperativo utilizando novas tecnologias são os hipertextos, correio eletrônico, editores cooperativos de textos e as salas de aula virtuais.
As mudanças que as tecnologias favorecem na postura do professor em aula: ajuda os alunos a estabelecerem um elo de ligação entre os conhecimentos acadêmicos com os adquiridos e vivenciados, ocorrendo uma troca de idéia e experiências, em que o professor, em muitos casos, se coloca na posição do aluno, aprendendo com a experiência deste. Durante as aulas os alunos são levados a pesquisar e estudar individualmente, bem como a buscar informações e dados novos para serem trazidos para estudo e debates em aula. Enfatiza-se uma aprendizagem ativa e um processo de descobertas dirigidas. Incentiva-se a aprendizagem interativa em pequenos grupos.
As principais diretrizes teóricas na educação na Sociedade da Informação (Dowbor,1993; Drucker, 1993), permitem desenvolver vários níveis de competência: Conhecimento - transformar a informação em conhecimento - captar a informação relevante, senti-la, relacioná-la com a vida. Ajudar a estimular o que é relevante na informação, a transformá-la, a saber, integrá-la dentro de um modelo mental/emocional equilibrado e transformá-la em ação presente ou futura. Aprender a navegar entre tantas e tão desencontradas informações, entre modelos contraditórios de conhecimento, de visões de mundo opostas.
Desenvolvimento pessoal - integração pessoal, trabalhar a identidade positiva, a autoestima, o valor dos professores. Permitir um professor com novos e variados papéis, que funcione como planejador e como orientador da aprendizagem, capaz de se comunicar, criativo, consciente de sua responsabilidade para contribuir com a transformação da sociedade, e de seus limites como pessoa e como profissional, em constante aperfeiçoamento, e assume conscientemente seu auto-aperfeiçoamento. É o professor que usa as próprias experiências para refletir criticamente sobre sua própria prática docente, e na ação-reflexão-ação vai promovendo seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional.
Desenvolvimento cognitivo - os ambientes computacionais quando voltados para a inteligência e o desenvolvimento cognitivo como processos básicos da aprendizagem podem constituir-se num desafio à criatividade e invenção. Uma nova ecologia cognitiva (Lévy,1993) significa uma nova dinâmica na construção do conhecimento, um novo movimento, novas capacidades de adaptação e de equilíbrio dinâmico nos processos de construção do conhecimento, um novo JOGO entre sujeito e objeto, um novo enfoque mostrando o enlace e a interatividade existentes entre as coisas do cérebro e os instrumentos que o homem utiliza.
Comunicação - Aprender a manifestar o que o indivíduo é, o que sente, deseja, captar o que é o outro em todas as suas dimensões. Aprender a comunicar-se com todas as linguagens - oral, escrita, áudio-vídeo-gráfica - com todo o ser: corpo, mente, gestos. Desenvolver formas de interação, baseadas na confiança, na valorização mútua, na interação sensorial-emocional-intelectual aberta, criativa e organizada. O educador é um comunicador que expressa capacidade de motivar, de liderar, de coordenar e de adaptar-se aos vários ritmos dos diversos grupos.
Trabalho interdisciplinar -as redes de computadores podem oferecer efetivas oportunidades para trabalho cooperativo, mas problemas estruturais encontrados no contexto escolar para uso de redes, que incluem acesso, custos telefônicos para ligação on-line, tempo e equipamento, podem dificultar seu uso, devendo ser buscadas alternativas para superar esses problemas.
Criticidade - não basta que os alunos simplesmente se lembrem das informações: eles precisam ter a habilidade e o desejo de utilizá-las, precisam saber relacioná-las, sintetizá-las, analisá-las e avaliá-las. Juntos, estes elementos constituem o pensamento crítico aparecendo em aula quando os alunos se esforçam para ir além de respostas simples, quando desafiam ideias e conclusões e procuram unir eventos não relacionados dentro de um entendimento coerente do mundo. Mas sua aplicação mais importante está fora da sala de aula. A habilidade de pensar criticamente apresenta pouco valor se não for exercitada no dia-a-dia das situações da vida real. É aí que as redes telemáticas têm seu papel, fornecendo o cenário para interessantes aventuras do intelecto. É preciso que se crie condições para que os participantes desenvolvam visão crítica frente a utilização das Novas Tecnologias na Educação, e se desenvolva estudos sobre ambientes computacionais, proporcionando a ação e a reflexão sobre objetos de conhecimento, favorecendo a aprendizagem a partir de situações experimentais e conjeturais.
As novas tecnologias podem ter um significativo impacto sobre o papel dos professores, pela reciclagem constante recebida via rede, em termos de conteúdos, métodos e uso da tecnologia, apoiando um modelo geral de ensino que encara os estudantes como participantes ativos do processo de aprendizagem e não como receptores passivos de informações ou conhecimento, incentivando-se os professores a utilizar redes e começarem a reformular suas aulas e a encorajar seus alunos a participarem de novas experiências.
Alguns pontos positivos: ao ter acesso as tecnologias da informação e sua transformação em conhecimento durante todo o período escolar, os alunos serão posteriormente agentes de mudança no setor produtivo e de serviços ao influir naturalmente no uso destas. O uso adequado destas tecnologias estimula a capacidade de desenvolver estratégias de buscas; critérios de seleção e habilidades de processamento de informação, não só a programação de atividades. Em relação a comunicação, estimula o desenvolvimento de habilidades sociais, a capacidade de comunicar efetiva e coerentemente, a qualidade da apresentação escrita das ideias, permitindo a autonomia e a criatividade.
Os trabalhos de pesquisa podem ser compartilhados por outros alunos e divulgados instantaneamente em rede para quem quiser. Alunos e professores encontram inúmeros recursos que facilitam a tarefa de preparar as aulas, fazer trabalhos de pesquisa e ter materiais atraentes para apresentação. A possibilidade de que os usuários tenham acesso às redes de informação de todo o mundo durante todo o período escolar, independente do lugar geográfico em que estudam, amplia sua visão de mundo, sua capacidade de comunicar-se com pessoas de outras culturas, idiomas, interesses.
Os projetos exitosos estão centrando seus esforços no interesse em incorporar as novas tecnologias como uma ferramenta habitual nas práticas docentes pode conseguir gradualmente mudanças significativas na qualidade e efetividade de seu trabalho.
A formação de professores em novas tecnologias permite que cada professor perceba, desde sua própria realidade, interesses e expectativas, como as tecnologias podem ser útil a ele. O uso efetivo da tecnologia por parte dos alunos, passa primeiro por uma assimilação da tecnologia pelos professores. Se quem introduz os computadores nas escolas, o fazem sem atenção aos professores, o uso que os alunos fazem deles é de pouca qualidade e utilidade. Além disso, o fato de só colocar computadores em uma escola raras vezes traz impacto significativo. Para atingir efeitos positivos, é fundamental considerar uma capacitação intensiva inicial e um apoio contínuo, começando com os professores, quem a sua vez, poderão capacitar a seus alunos. É necessário planejar a integração da tecnologia na cultura da escola, fenômeno de avaliação gradual, que requer apoio externo.
Se espera do professor no século XXI que ele seja aquele que ajude a tecer a trama do desenvolvimento individual e coletivo e que saiba manejar os instrumentos que a cultura irá indicar como representativos dos modos de viver e de pensar civilizados, específicos dos novos tempos. Para isso, ainda são necessárias muitas pesquisas em novas tecnologias da informação, modelos cognitivos, interações entre pares, aprendizagem cooperativa, adequados ao modelo baseado em tecnologia, que oriente a formação de professores no seu desenvolvimento e ofereça alguns parâmetros para a tarefa docente nesta perspectiva.
 REFERÊNCIAS
  DOWBOR, L. O espaço do conhecimento. In: A revolução tecnológica e os novos paradigmas da sociedade. Belo Horizonte, IPSO, 1993.
DRUCKER, P. Sociedade pós-capitalista. São Paulo, Pioneira, 1993.
FRIGOTTO, G. A formação e profissionalização do educador frente aos novos desafios. VIII ENDIPE, Florianópolis, 1996. Pp. 389-406.
LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro, ed.34, 1993.
NÓVOA, A. Formação contínua de professores: realidades e perspectivas. Aveiro, Univ.Aveiro, 1991.
SCHÕN, D. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, A. (org) Os professores e sua formação. Lisboa, Dom Quixote.

O Professor e o Mundo Contemporâneo
O mundo contemporâneo atravessa enormes modificações econômicas, sociais, políticas e culturais. Vivemos um momento histórico intensamente marcado pela internacionalização da globalização e da tecnologia. Ocorre um processo de universalização da cultura, dos produtos, das trocas, dos custos e do capital.
O processo de internacionalização do comércio está administrado pela direção econômica neoliberal. A educação não está imune a este processo. Reformas curriculares ocorreram em todos os países marcados pela valorização da formação estudantil com implementação de um espírito de ação e liderança, da capacitação para o trabalho em grupo, e do uso das tecnologias. O momento se caracteriza por um imenso aumento da capacidade de se obter informação. Objetos são produzidos pela informação com a finalidade de comercialização. As culturas do consumo e da propaganda são fortificadas e tudo gira em função do comprar e do vender, de modo que a propaganda se dirige para o consumidor que deve ser aliciado emocionalmente. O capital, ao dominar as mídias, acaba por dominar as emoções, os sentimentos, os hábitos e seduz fortemente os desejos das pessoas. A mídia transforma o cidadão em consumidor, na globalização neoliberal.
Como educadores não devemos identificar o termo informação com conhecimento, pois, embora andem juntos, não são palavras sinônimas. Informações são fatos, expressão, opinião, que chegam às pessoas por ilimitados meios sem que se saibam os efeitos que acarretam. Conhecimento é a compreensão da procedência da informação, da sua estrutura e dinâmica própria, e das consequências que dela advém, exigindo para isso um certo grau de racionalidade. A apropriação do conhecimento é feita através da construção de conceitos, que possibilitam a leitura crítica da informação, processo necessário para absorção da liberdade e autonomia mental.
Hoje, exige-se do novo aluno um certo desenvolvimento de capacidades intelectuais, de abstração, de rapidez de raciocínio e de visão crítica mais ampla que valorize mais do que a racionalidade baseada apenas na informação. O conhecimento não pode se reduzir apenas ao saber fazer, aprender a usar, aprender a comunicar, com capacidade de adaptação às mudanças técnicas continuadas do processo produtivo, do mercado e da sociedade, imposto pela globalização neoliberal. A inclusão da educação desenvolve as condições de realização da cidadania porque absorvem conhecimentos, habilidades, técnicas, novas formas de solidariedade social, porque associa tarefas pedagógicas e ações sociais pela democratização da sociedade. A educação é um caminho de acesso ao conhecimento significativo, que se caracteriza por propiciar um saber que liberta. A assimilação do conhecimento, das opiniões, pode permitir uma elevada capacidade de letramento, que nada mais é do que a leitura crítica da informação, que é um dos caminhos para a liberdade mental e política. Nesse processo o professor é o mediador dessa interação do aluno com o conhecimento, visto que ele deve proporcionar ao aluno o mundo da informação, da técnica, da tradição e da linguagem, para que o mesmo possa construir seu pensamento, suas aptidões e suas atitudes, possibilitando aprendizagens significativas. O papel do professor deve ser o de ajudar o aluno a desenvolver sua aptidão do pensar, através da técnica do diálogo, estimular a capacidade cognitiva do aluno através do saber aprender, saber fazer, saber agir, saber conviver e se conhecer. O educando deve aprender a ser sujeito do próprio conhecimento que aprende a aprender, a buscar informação, como sujeitos pensantes de maneira prática e analítica. O professor deve aprender a gostar dos alunos, transformando a sua aula mais agradável, motivadora e prazerosa. É necessário estimular a solidariedade mediante os valores democráticos e éticos. Isso significa ouvir o outro; respeitar as diferenças, aperfeiçoar as técnicas de comunicação, indicar formas mais competentes do conhecimento expressivo. Deve assumir uma atitude interdisciplinar passando do conhecimento interligado para o particularizado e deste para o integrado, distinguir e respeitar a diversidade em cada indivíduo e priorizar a igualdade dos direitos dos cidadãos em uma sociedade capitalista que é por excelência desigual e excludente. O saber conviver com as diferenças é saber conviver com pessoas possuidoras de crenças, compreensão de vida e interesses diferentes. A Educação cultivando valores de solidariedade, está ao lado dos excluídos e combate os efeitos do capitalismo . A luta contra a exclusão social também passa necessariamente pelo trabalho do professor.
Os novos tempos exigem um padrão educacional que esteja voltado para o desenvolvimento de um conjunto de competências e de habilidades essenciais, a fim de que os alunos possam fundamentalmente compreender e refletir sobre a realidade, participando e agindo no contexto de uma sociedade comprometida com o futuro. Grandes desafios se descortinam a nossa frente. O maior deles diz respeito à descoberta de construções que permitam desenvolver nos estudantes, a confiança nas suas capacidades de criar, de construir e reconstruir a fim de que o aluno se plenifique a partir de competências e habilidades e, não mais, somente, através de conhecimentos.
Autora: Amelia Hamze
Profª FEB/CETEC e FISO


A Importância da afetividade no contexto educacional do universo virtual.

Autoras: Brigitte Bedin;  Clara Sihel;  Márcia Marisa Corrêa; Aria Delcina Feitosa; Marjorie Klich Nunes.
Para Piaget, o papel da afetividade é funcional na inteligência, pois esta é a fonte de energia que a cognição utiliza para o seu respectivo funcionamento. Uma melhor explicação para representar este postulado, se encontra na seguinte metáfora, criada pelo próprio Piaget: “a afetividade seria como a gasolina, que ativa o motor de um carro, mas não modifica sua estrutura”; ou seja, existe uma relação intrínseca entre a gasolina e o motor —— ou entre a afetividade e a cognição —, porque o funcionamento do motor, comparado com as estruturas mentais, não é possível sem o combustível, que no caso é a afetividade.
Ao pensarmos a educação virtual deparamo-nos com a ausência do contato físico, ou seja, a possibilidade de olhar, perceber através dos sentidos. Segundo Luciana Martins Saraiva: “Numa relação virtual, certas características e dimensões implícitas apontam formas de ser e de configurar sentidos, condições essas de grande significado, tais como a necessidade de estabelecimento de contatos, de ampliação de laços de afetividade com ênfase na imagem e voz de professores e alunos – atores desse processo – e a importância do olho-no-olho, do face a face, mesmo que distantes em tempo e espaço”.
Desde os primórdios de nossa existência fala-se da dicotomia entre razão e emoção, ou seja, muitos foram os filósofos que sugeriram essa separação, um bom exemplo é René Descartes com o cogito: “Penso, logo existo”. Em nosso dia-a-dia convivemos com frases como: “não aja com o coração”, “coloque a cabeça para funcionar”, “seja mais racional”, “Fica a impressão de que, em nome de uma resolução sensata, deve-se desprezar controlar ou anular a dimensão afetiva”. (Arantes, 2002)
E pela ótica cognitiva? Qual a importância da afetividade no aprendizado?
Partimos da premissa de que no trabalho educativo cotidiano não existe uma aprendizagem meramente cognitiva ou racional, pois os alunos e as alunas não deixam os aspectos afetivos que compõem sua personalidade do lado de fora da sala de aula, quando estão interagindo com os objetos de conhecimento, ou não deixam "latentes" seus sentimentos, afetos e relações interpessoais enquanto pensam. (Arantes, 2002)
Cultivar a afetividade em qualquer relação é fundamental para que se sedimente e frutifique. Em relação à educação Madalena Freire diz que “somos geneticamente amorosos” então vale buscar este amor do qual somos dotados e trazê-lo para nossa relação tanto enquanto ensinante quanto enquanto aprendente. Pois sendo professor ou aluno, ora assumimos um papel, ora outro. Também diz Madalena que “Para rir e brincar construindo conhecimento é necessário uma boa dose de humildade e abertura para as divergências, as diferenças. Também disponibilidade para conviver com o estado de desarmonia que o conflito provoca.”
Acreditamos que cultivar a afetividade no ambiente de aprendizagem, seja ele virtual ou não, vai além da troca de amabilidades, mas do exercício contínuo do amor ao outro, no ato generoso e humilde de transferência de informação para a geração do conhecimento e a consequente assimilação da resposta do outro, dentro dos preceitos de civilidade, respeito e afeto.
Consciente de que cada um é senhor do seu aprendizado, que somos, enquanto educadores, apenas facilitadores ou mediadores do processo, função de extrema importância, mas que deve ser enxergada com humildade, totalmente isenta da pecha do mestre.
Valente nos fala do “estar junto virtual” em EaD que prega que e o processo educativo passa por “múltiplas interações no sentido de acompanhar e assessorar o aprendiz para entender o que ele faz e, assim propor desafios que o auxiliem a atribuir significado ao que está desenvolvendo” Na verdade o que Valente nos diz é que a interatividade é a base do processo educacional em EaD e que para que o processo se desenrole a contento há que se construir a relação afetiva entre os atores, na tentativa de resolver a questão da ausência espacial e temporal, construindo o “estar junto virtual”.
Em nosso curso cremos que isto se estabelece quando as relações com tutor são profícuas e quando conseguimos chamar o colega com o qual interagimos apenas no ambiente virtual de: Amigo!
Fica patente a importância das relações interpessoais quando lemos os PCNs que reconhecem a importância da participação do aluno e da relação interpessoal no processo de ensino e aprendizagem, bem como, através dos Referenciais de Qualidade para Educação Superior à Distância (MEC - 2007):
“Em suma, o projeto de curso deve prever vias efetivas de comunicação e diálogo entre todos os agentes do processo educacional, criando condições para diminuir a sensação de isolamento, apontada como uma das causas de perda de qualidade no processo educacional, e uma dos principais responsáveis pela evasão nos cursos a distância”.
Porém, Segundo Marchand, (1985: 19) na prática pedagógica, podem surgir entre professor e aluno, sentimentos de atração ou de repulsão. Essas atitudes sentimentais têm o poder de influenciar a metodologia com risco de alterá-la, provocando no aluno, rudes transformações afetivas mais ou menos desfavoráveis ao ensino. O poder do professor é maior que o do livro, e a qualidade do diálogo estabelecido entre professor e aluno é importante para uni-los, criando um laço especial, ou para separá-los, criando obstáculos intransponíveis.
A evasão no contexto virtual é uma realidade que pode ser minimizada através da afetividade. Trazer o aluno para perto, dialogar, fazê-lo sentir-se parte do processo educativo, ações necessárias para mantê-lo feliz e participativo. Quando o professor se dispõe a ensinar e o aluno a aprender, vai se formando uma corrente de elos afetivos que propicia uma troca entre ambos, onde a motivação, a boa vontade e o cumprimento dos deveres acabam deixando de serem tarefas árduas para o aluno. Criatividade, interesse e disposição para esclarecer dúvidas, funcionam como estímulo para o professor.
Codo e Gazzotti (2002) definem a palavra seduzir como “trazer para o seu lado”. Isto significa que o professor precisa fazer um trabalho de conquista, levando o aluno a confiar nele, a acreditar que determinado conteúdo lhe será útil. Isto é sedução e afetividade.
Segundo Freire, não existe educação sem amor. “Ama-se na medida em que se busca comunicação, integração a partir da comunicação com os demais” (FREIRE, 1983: 29). Freire (1996) ainda nos diz que o professor precisa estar aberto ao gosto de querer bem. Isso não quer dizer que o professor tenha de querer bem a todos os alunos da mesma forma, mas que ele não deve permitir que sua afetividade interfira no cumprimento do seu dever de educador. Abertura ao querer bem significa disponibilidade para a alegria, para o afeto, para o Amor.
Alicia Fernández, psicopedagoga argentina, em entrevista dada à revista Aprende Brasil (junho/julho 2007, p.14-17), atenta para a necessidade de fazer do afeto uma das ferramentas no ato de educar. Tratar o aluno com afeto não significa tratá-lo com beijos, abraços ou procurando agradá-lo, significa apenas que devemos acordar e tomar atitudes que nos levem a sair de nossa indiferença, porque essa “indiferença” é justamente a falta de afetividade.
Não bastam técnicas e dinâmicas para promover afetividade, até mesmo porque elas não podem ser inseridas em qualquer contexto, sejam presenciais ou digitais. É necessário um profundo conhecimento dos interlocutores que participam do processo de aprendizagem e compreender como se relacionam no mundo digital. Assim sendo, os professores que atuam no ambiente virtual precisam estar cientes de que as respostas e comportamentos dos alunos são produzidos por pessoas reais que amam, odeiam, sentem medo e também podem sentir-se excluídos caso não recebam o afeto e acompanhamento necessários para o seu desenvolvimento. Inovar não apenas através do método e tecnologia, mas também como ser humano.
Bibliografia
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CODO, Wanderley (Coordenador) GAZZOTTI, Andréa Alessandra. Educação: carinho e trabalho. Petrópolis, RJ: 3ª Edição. Ed. Vozes. Brasília: Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação: Universidade de Brasília. Laboratório de Psicologia do Trabalho, 2002.
FREIRE, Madalena. Educador educa a dor. São Paulo: Paz e terra, 2008
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Tradução de Moacir Gadotti e Lílian Lopes Martin. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1983. Coleção Educação e Comunicação vol. 1.
_____________ Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Ed. Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura).
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VALENTE, J. A. Formação de educadores para o uso da informática na escola. Campinas: UNICAMP/NIED, 2003.

Educação para o futuro

Uso de tecnologias no ensino precisa vencer barreiras de infraestrutura, como número insuficiente de computadores nas escolas e baixa velocidade de internet; capacitação dos professores é outro desafio.
O cenário parece positivo: praticamente todas as escolas brasileiras têm um computador e 92% delas estão conectadas à internet. Os problemas aparecem quando os dados são analisados com um olhar mais meticuloso: o número de computadores em cada escola ainda é insuficiente, eles costumam ser instalados em locais inadequados ao uso pedagógico e a conexão à internet tem baixa velocidade nas escolas públicas. Além disso, falta capacitação aos professores para usar as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) no ensino.
O panorama vem da pesquisa TIC Educação 2012, realizada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação - CETIC.br, que entrevistou 1,5 mil professores de 856 escolas de todo o país (veja infográfico). E se a maioria das escolas possui computador, o número das que têm o equipamento disponível para a utilização dos alunos é bem menor. De acordo com dados do Censo Escolar 2012, 42,4% das escolas públicas urbanas e 78% das rurais não possuem laboratórios de informática.
Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, explica que as políticas públicas que levaram tecnologia às escolas tiveram sucesso relativo. "Na percepção da direção, o que mais dificulta o uso pedagógico é o número de computadores insuficiente e a baixa velocidade da internet", diz. De acordo com a pesquisa, 27% das escolas que possuem conexão à internet têm velocidade inferior a 1Megabit por segundo (Mb/s) e apenas 17% têm velocidade de conexão superior a 8 Mb/s - em um grupo que engloba escolas públicas e privadas. "Na escola pública, a velocidade média de conexão à internet é de 1 a 2 Mb/s", conta. Na zona rural, a dificuldade é ainda maior e só 13% das escolas públicas possuem acesso à internet, de qualquer tipo, de acordo com o Censo de 2012.
Outro problema é o uso do computador, ainda restrito ao laboratório de informática, quando deveria estar presente em sala de aula, local que concentra a rotina dos alunos na escola. "Apenas 4% das escolas públicas têm computadores e internet dentro de sala de aula", relata Barbosa.

Formação docente
Mas o grande nó no uso das TICs no ensino parece ser a capacitação dos professores. Segundo a pesquisa, 28% dos professores dizem ter habilidade insuficiente ou muito insuficiente relacionada ao uso profissional de computadores e internet. "O grande desafio hoje é ter o professor treinado para fazer o uso das TICs. O número de professores que sabem usar essas tecnologias está aumentando, mas ainda é um uso instrumental, quando o necessário é aprender a utilizá-las pedagogicamente, apenas usar computador e internet a nova geração já sabe", diz Barbosa.
Nos cursos de pedagogia e licenciaturas o uso das novas tecnologias no ensino ainda é pouco abordado. Apenas 44% dos professores entrevistados no estudo do Cetic.br cursaram alguma disciplina sobre uso do computador e internet na graduação. Além das dificuldades técnicas, os professores argumentam ter pouco tempo e receio de conhecerem menos sobre as ferramentas que os alunos.
Para Lígia Leite, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia Edu­cacional (ABT) e autora do livro Com Giz e Laptop - da concepção à integração de políticas públicas de Informática, os professores precisam conhecer as tecnologias disponíveis e ter sólida formação pedagógica para saber unir o conteúdo, a técnica e a didática. "E essa formação deve ser continuada porque sempre surge uma tecnologia nova, um recurso novo. É preciso fazer cursos rápidos que os habilitem a usar certa ferramenta. Além disso, em meio ao processo também é preciso fazer uma avaliação crítica para saber se as ferramentas estão sendo boas e se vale a pena continuar a utilizá-las", diz Lígia.
A ausência do uso das TIC no Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola também compromete o trabalho a ser feito pelo professor, afirma Patrícia Alejandra Behar, coordenadora do Núcleo de Tecnologia Digital Aplicada à Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e das Oficinas Tecnológicas do curso de especialização em Gestão Escolar da UFRGS. "Vejo que falta um projeto para inserção das tecnologias nas escolas, que explique como, para quê e por que usá-las. Os professores recebem tablets e não sabem o que fazer, acabam usando jogos e mais nada. É preciso integrar as TICs ao projeto pedagógico das escolas de forma positiva e desafiadora", diz.
Patrícia ressalta que muitos professores têm uma carga horária alta e não dispõem de tempo para realizar cursos. A solução, segundo ela, seria aproveitar horários em que os docentes estão na escola, mas fora de sala de aula, como os Horários de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC) ou períodos de férias dos estudantes.
É essa a proposta do Crescer em rede - um guia para promover a formação continuada de professores para a adoção de tecnologias digitais no contexto educacional: orientar professores e coordenadores pedagógicos a organizarem um grupo de estudos na escola sobre o tema. O material, organizado por Luciana Allan, diretora do Instituto Crescer, aborda questões como pesquisas na internet, construção de blogs, uso de recursos audiovisuais, objetos digitais de aprendizagem e trabalho colaborativo. A segurança na internet, o perigo do ciberbullying e as oportunidades trazidas pelas redes sociais também são discutidos. Dividido em dez encontros, o guia mostra como planejar essa formação, registrar o resultado das reuniões e avaliar o trabalho desenvolvido. O livro pode ser consultado on-line ou baixado gratuitamente no site: http://institutocrescer.org.br/cresceremrede/.

Programas do MEC
Para levar as tecnologias digitais para as escolas públicas, o MEC criou vários projetos, como o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), que leva computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais às escolas, o projeto Um Computador por Aluno (UCA), que distribui netbooks para os estudantes e, mais recentemente, a distribuição de tablets para os professores do ensino médio. Para promover o acesso à internet há ainda o Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE) e outras ações, como o Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado), que orientam os educadores sobre o uso dessas tecnologias. Segundo os especialistas consultados, os projetos estão na direção certa, mas a qualidade e a quantidade de sua oferta ainda são insuficientes.
"O MEC abriu os olhos para a necessidade de as escolas estarem conectadas e de as tecnologias pedagógicas serem disseminadas na rede pública de ensino. A direção é esta, mas ainda faltam investimentos em infraestrutura e suporte técnico", diz Patrícia.
Para ela, o grande problema é a falta de manutenção. Se um computador estraga ou se ocorre um problema no servidor, não há quem se responsabilize e resolva a falha. Ela também lembra que a formação dos docentes para usar as tecnologias digitais ainda não é satisfatória, apesar de a tentativa existir. "Eles sabem o quanto é importante", diz.
Para Lígia, o ponto forte dos programas desenvolvidos pelo MEC é a produção de objetos de aprendizagem, que têm uma oferta grande nas diversas áreas e são acessíveis a todos os interessados. "É uma semente lançada, mas não o suficiente. O Brasil é grande e muito diverso."
O Banco de Objetos pode ser acessado em: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/


Lembre-se: A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. “A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar  e não aceitar tudo que a elas se propõe.”

                                                                                                                                                    ( Jean Piaget)